Fonte: Minha Vida
Dietas muito rígidas vão por água abaixo durante períodos de estresse, afirma estudo
Uma pesquisa desenvolvida pelo departamento de psicologia da Universidade de Victoria, no Canadá, afirma que pessoas em dieta restritiva constante tendem a comer mais e alimentos mais gordurosos quando passam por momentos de estresse.
Para analisar as escolhas alimentares durante períodos estressantes, os pesquisadores recrutaram 158 adultos, que preencheram um inquérito com 44 perguntas sobre alimentação e mudanças da dieta.
Ao final do estudo, os pesquisadores notaram que apenas 20% dos entrevistados relataram que comeram a mesma quantidade habitual mesmo quando estressados. Aproximadamente 40% deles disseram que comiam menos do que o habitual, e os 40% restantes disseram que comiam mais do que o comum.
As pessoas que alegaram comer mais do que o habitual também assinalaram que estavam seguindo uma dieta rígida há mais de duas semanas. Eles também relataram que – nos picos de estresse – comeram alimentos que tinham mais calorias, gordura, sal, carboidratos e açúcar. A incidência de junk food também foi alta.
De acordo com os especialistas, pessoas que estão seguindo dietas muito rígidas constantemente tendem a se sentir no direito de comer ?o que quiserem? durante os períodos de estresse. Por outro lado, pessoas que levam uma dieta mais moderada e que primam por uma alimentação saudável não alteram drasticamente sua rotina alimentar quando estressadas.
Diminuir os níveis de estresse pode ajudar no emagrecimento
A ligação entre estresse e ganho de peso é mais íntima do que você pode imaginar. A união dos dois vilões que perseguem boa parte da população mundial resulta em uma combinação nada saudável ao corpo. A relação não é tão visível em um primeiro momento, mas estudos já endossaram o fato: elas andam juntas e podem ser uma pedra no sapato de quem luta contra a balança.
Embora o ganho de peso sempre tenha sido atribuído a dois fatores comuns, como comer em excesso e de forma errada, existem influências nada sutis do organismo que potencializam o aumento das medidas de quem leva uma rotina estressante.
Ligação perigosa
A conexão entre estresse e ganho de peso se dá de uma forma muito discreta, praticamente invisível, justamente por ser comandada pelo cérebro. É ele quem disfarça e age de forma silenciosa.
A evidência mais clara, segundo estudos, é justificada pela combinação nada amigável do hormônio cortisol (liberado pelas glâdulas suprarenais em situações de estresse) com a leptina (substância responsável pela sensação de saciedade). Nossas células são afetadas quando os dois entram em choque. O cortisol torna as nossas células menos sensíveis à leptina. Quando o cérebro não sente seus efeitos, naturalmente a pessoa sente mais vontade de ingerir açúcar e tende a comer mais.
Além do cortisol, outro neurotransmissor interfere ativamente na relação das pessoas com a comida. Trata-se da serotonina, hormônio responsável pela sensação de bem-estar. Quando os níveis deste neurotransmissor estão reduzidos no cérebro, o surgimento dos sintomas de tristeza, depressão e compulsão por comida aparecem, aumentando a necessidade do consumo de determinados alimentos, principalmente os ricos em carboidratos.
Algumas mulheres que sofrem de tensão pré-menstrual (TPM), por exemplo, apresentam níveis baixos de seretonina durante esse período, o que pode interferir drasticamente no comportamento alimentar, aumentando a necessidade de ingerir doces.
O estresse pode ainda diminuir os níveis de testosterona. Quando isto acontece, o resultado pode ser a perda de massa muscular e maior acúmulo de gordura. Já em situações de estresse prolongado, o sistema imunológico passa por um desequilíbrio que pode desencadear um estado crônico de inflamação. Assim, as células de gordura fabricam citocinas (moléculas inflamatórias) em excesso, o que acaba aumentando o apetite.
Combata o inimigo
Tentar diminuir os níveis de estresse pode ajudar no emagrecimento. Quando o corpo ganha um alívio, o metabolismo é estimulado. Assim, a gordura depositada fica mais fácil de ser queimada e, consequentemente, haverá maior perda de peso. Outra possibilidade de minimizar os efeitos do estresse e garantir o corpo em forma é incluir as atividades físicas na rotina por, pelo menos, três vezes por semana. Exercícios ajudam a aumentar naturalmente os níveis de serotonina do organismo, o que eleva a sensação de bem-estar.
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