A psoríase é uma doença de pele bastante comum, que se caracteriza por lesões avermelhadas e descamativas, normalmente em placas. Essas placas aparecem com maior frequência no couro cabeludo, cotovelos e joelhos, mas pés, mãos, unhas e a região genital também podem ser afetados. A extensão da psoríase varia de pequenas lesões localizadas até o comprometimento de toda a pele.
A psoríase é uma doença crônica, autoimune – ou seja, em que o organismo ataca ele mesmo – não contagiosa e que pode ser recorrente. Ela tem gravidade variável, podendo apresentar desde formas leves e facilmente tratáveis até casos muito extensos, que levam à incapacidade física, acometendo também as articulações.
Tipos
São vários os tipos de psoríase, que se apresentam e também são tratados de formas diferentes. Dentre eles estão:
Psoríase Vulgar ou em placas
É a forma mais comum da doença, caracterizada por lesões de tamanhos variados, delimitadas e avermelhadas, com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas que surgem no couro cabeludo, joelhos e cotovelos. Algumas vezes elas podem coçar, causar dor e atingir todas as partes do corpo, inclusive genitais e dentro da boca do paciente. Nos casos considerados mais graves, a pele ao redor das articulações pode rachar e sangrar.
Psoríase Invertida
É a psoríase em forma de manchas inflamadas e vermelhas que atingem, principalmente, as áreas mais úmidas do corpo, onde normalmente se formam dobras, como nas axilas, virilhas, em baixo dos seios e ao redor dos órgãos genitais. No caso de pessoas com obesidade, esse tipo de psoríase pode ser agravado, da mesma forma quando há sudorese excessiva e atrito na região.
Psoríase Gutata
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, este tipo da doença é mais comum entre crianças e jovens com menos de 30 anos. A psoríase gutata geralmente é desencadeada por infecções bacterianas, como as de garganta, por exemplo. São formadas pequenas feridas, em forma de gota, que são cobertas por uma fina “escama”. Normalmente aparecem no tronco, pernas, braços e couro cabeludo.
Psoríase Ungueal
É o tipo de psoríase que afeta os dedos e unhas das mãos e dos pés. Ela faz com que a unha cresça de forma anormal, engrosse e escame, perca a cor, surgindo depressões puntiformes ou manchas amareladas. Em alguns casos a unha acaba por se descolar da carne ou esfarelar.
Psoríase Pustulosa
Esta é uma forma rara de psoríase, em que podem aparecer manchas em todas as partes do corpo ou se concentrar em áreas menores, como pés e mãos. Elas se desenvolvem rapidamente, formando bolhas cheias de pus poucas horas depois da pele se tornar vermelha. Essas bolhas normalmente secam dentro de um ou dois dias, mas podem reaparecer durante vários dias ou semanas, ocasionando febre, calafrios, fadiga e coceira intensa.
Psoríase Eritrodérmica
É o tipo menos comum das psoríases, com lesões generalizadas em 75% do corpo ou mais, com manchas vermelhas que podem coçar ou arder de forma intensa, levando a manifestações sistêmicas. São vários os fatores que podem desencadear este tipo de psoríase, dentre eles tratamentos intempestivos com o uso ou retirada abrupta de corticosteroides, infecções, queimaduras graves, ou outro tipo de psoríase que foi mal controlada.
Psoríase Artropática ou Artrite Psoriásica
Este tipo da doença pode estar relacionada a qualquer forma clínica da psoríase e, além de apresentar inflamação na pele e descamação, a psoríase artropática ou artrite psoriásica, também é caracterizada por fortes dores nas articulações e pode causar rigidez progressiva.
Psoríase Palmo-plantar
As lesões aparecem como fissuras nas palmas das mãos e nas solas dos pés.
Causas
Não se sabe a causa exata da psoríase. O que se acredita até agora é que em nosso sistema imunológico existe uma célula conhecida como célula T, que percorre todo o corpo humano em busca de elementos estranhos, como vírus e bactérias, com o intuito de combatê-los. Se a pessoa tem psoríase, as células T acabam atacando células saudáveis da pele, como se fosse para cicatrizar uma ferida ou tratar uma infecção.
Isso costuma trazer várias consequências, como a dilatação de vasos sanguíneos e o aumento no número de glóbulos brancos, que avançam para camadas mais externas da pele de forma muito rápida, provocando lesões avermelhadas. Trata-se de um ciclo ininterrupto, que só tem fim com o tratamento adequado.
Acredita-se que a genética tem um papel determinante em boa parte dos casos de psoríase, mas, que fatores ambientais também estejam envolvidos. Uma em cada 3 pessoas com psoríase relata ter um parente com a doença, e acredita-se que até 10% da população geral possa herdar um ou mais genes que predisponham o desenvolvimento da psoríase. No entanto, somente 2% a 3% de fato desenvolvem a doença. Alguns fatores que podem desencadear em psoríase, são:
Fatores de risco
Sintomas de Psoríase
Os sintomas da psoríase variam de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem os seguintes:
Na consulta médica
O especialista que pode diagnosticar a psoríase é o dermatologista.
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar tempo. Dessa forma, você já pode chegar ao consultório com algumas informações:
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
Também é importante levar suas dúvidas para o consultório por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. Veja algumas dicas de perguntas que você poderá fazer ao médico:
Diagnóstico de Psoríase
O diagnóstico da psoríase é clínico, em que o médico faz um exame físico, analisando os aspectos da pele, unhas e couro cabeludo, e verificando se os sintomas realmente representam psoríase. O profissional também deverá levar em conta o histórico familiar do paciente para psoríase, uma vez que já que ter algum parente com a doença aumenta as chances de desenvolvê-la. O especialista também pode pedir para o paciente fazer uma biópsia da pele afetada para confirmar o diagnóstico.
Tratamento de Psoríase
Existem diversos tipos de tratamento para psoríase, mas todos têm pelo menos um dos seguintes objetivos:
Para isso, existem três opções gerais de tratamento: tópico (cremes e pomadas), sistêmico e por fototerapia. A escolha dependerá do tipo de psoríase desenvolvida e do histórico do paciente. Apenas o médico poderá indicar qual o melhor tratamento.
Normalmente é possível tratar pacientes que apresentam uma forma leve de psoríase, com pequenas e poucas lesões cutâneas, sem comprometimento das articulações, com medicações tópicas, além de orientações sobre os benefícios dos hidratantes e da exposição solar (leve e protegida) na psoríase. Dentre os medicamentos tópicos que podem ser receitados estão as pomadas com corticoides e outras substâncias que sejam mais adequadas, caso a caso, para aliviar os sintomas.
Já os pacientes que apresentam formas de psoríase mais graves frequentemente necessitam de medicamentos sistêmicos, que são os de uso via oral, subcutâneo, intramuscular, ou intravenoso, para o controle da doença. Eles também são indicados nos casos em que apenas com o tratamento tópico não se obteve o resultado esperado.
Dentre as classes de medicamentos sistêmicos para o tratamento da psoríase podem ser citados:
Também pode ser usada a fototerapia, que é um procedimento no qual a pele é cuidadosamente exposta à luz ultravioleta, ou a PUVAterapia, que é a utilização de psoralênicos mais fototerapia com ultravioleta A. A fototerapia para psoríase pode ser aplicada com luz ultravioleta A (UVA) ou ultravioleta B (UVB).
Perguntas frequentes
1. A psoríase é contagiosa?
Não, a psoríase é uma doença do sistema imunológico, ou seja, não é algo que você possa contrair de alguém.
2. A psoríase é mais comum em homens ou mulheres?
A incidência da psoríase é igual em homens e mulheres.
3. A psoríase tem graus ou intensidades?
Sim, ela pode ser leve, moderada ou grave. A Fundação Nacional Americana de Psoríase considera que a psoríase leve é aquela que afeta menos de 3% do corpo, de 3-10% é considerada moderada e mais de 10% é considerada grave.
4. O que pode ativar ou piorar os sintomas da psoríase?
Os ativadores da psoríase variam de pessoa para pessoa e podem incluir estresse, lesão na pele, alguns tipos de infecções e determinados medicamentos.
5. Quais são as partes do corpo mais afetadas?
Apesar de poder se manifestar em qualquer local do corpo, a psoríase é mais comum no couro cabeludo, nos joelhos, cotovelos e tronco.
6. Psoríase é apenas um problema da pele?
Não. A psoríase é uma doença imunológica crônica que se manifesta principalmente na pele. Contudo, até 30% dos pacientes com psoríase desenvolvem artrite psoriásica, que afeta as articulações e a pele. A inflamação da psoríase pode também estar associada a outras condições e doenças sistêmicas, como obesidade, hipertensão arterial, dislipidemia (aumento de triglicérides e colesterol) e diabetes.
7. Os sintomas da psoríase podem piorar no inverno?
Sim. Fatores comuns do inverno, como o ar seco, a exposição reduzida à luz solar e às temperaturas mais baixas podem contribuir para exacerbações da psoríase nesta época.
8. Em qual idade a maioria das pessoas desenvolve psoríase?
A psoríase pode se desenvolver em qualquer idade, mas, na maioria das pessoas, os sintomas se manifestam pela primeira vez até os 35 anos de idade.
9. A psoríase é hereditária?
Uma em cada três pessoas com psoríase relata ter um parente com a doença. Converse com seu médico sobre seu histórico genético.
Convivendo/ Prognóstico
A psoríase é uma doença crônica que pode ser controlada com tratamento, mas ela também pode desaparecer por algum tempo e depois voltar. Além disso, são diversos os fatores que podem desencadear os sintomas, desde estresse até infecções, dependendo do grau do problema e do próprio organismo do paciente. Os sintomas também podem ser bastante incômodos e, por vezes, acabar afetando a autoestima da pessoa com psoríase. Com isso, as seguintes dicas podem ser bastante úteis:
Complicações possíveis
A psoríase pode ainda causar problemas na qualidade de vida do paciente, levando-o a sintomas de depressão, baixa autoestima, isolamento social, problemas no trabalho e em outros círculos sociais.
Expectativas
A psoríase é uma doença crônica que pode ser controlada com tratamento. No entanto, os sintomas podem desaparecer por algum tempo e depois retornar. Não é possível prever com certeza quando as crises irão se manifestar. A psoríase passa por ciclos, aparentemente aleatórios, de melhora e piora dos sintomas. Hidratar a pele ajuda a aliviar os sintomas, mas a abordagem terapêutica precisa ser direcionada para cada tipo e intensidade do quadro de psoríase.
Os efeitos do tratamento também são diferentes de pessoa para pessoa, algumas podem obter resultados com a primeira opção terapêutica, enquanto outras demoram mais para encontrar um tratamento eficaz. A pele também pode ficar mais resistente com o passar do tempo, fazendo com que a mudança de doses ou abordagem seja inevitável. Além disso, a maioria dos tratamentos pode apresentar efeitos colaterais significativos, então é importante conversar com o seu médico se surgirem novos sintomas ou caso aconteça mudanças na pele.
Prevenção
Não há uma maneira conhecida de prevenir a psoríase, mas você pode agir para evitar que as crises da doença ocorram. Confira algumas medidas:
Fonte: Minha Vida
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