Entenda as diferenças entre imunidade e imunodeficiência e como se aproveitar da homeopatia para benefício do seu corpo
Qual a diferença entre imunidade e imunodeficiência?
Para começar, vamos entender o que é imunidade. As crianças têm, ao nascimento, os anticorpos e as defesas que sua mãe deu a elas na gestação, que foram recebidas via placentária. Esses anticorpos, IGA, são destruídos gradativamente e, próximo aos 30 dias de vida, a criança inicia a síntese de suas imunoglobulinas. Esse é o motivo pelo qual pedimos cuidado e atenção aos pais para que não exponham seus bebês em locais públicos ou em aglomerações neste período (restaurantes, shopping centers, viagens longas etc.). As crianças vão atingir a normalização de imunoglobulinas próximo aos três anos de idade, sendo que algumas somente a atingem aos 11 anos, motivo pelo qual estão sempre com alguma “virose”.
A imunodeficiência primária é uma anomalia grave, pois compromete a vida, e é caracterizada, de acordo com o Grupo Brasileiro de Imunodeficiências (BRAGID), por:
• Duas ou mais pneumonias no último ano;
• Quatro ou mais otites no último ano;
• Estomatites de repetição ou monilíase por mais de dois meses;
• Abcessos de repetição;
• Um episódio de infecção sistêmica grave (meningite, septicemia, osteoartrite);
• Infecções intestinais de repetição, diarreia crônica;
• Asma grave;
• Doença do colágeno ou Doença autoimune;
• Efeito adverso ao BCG e/ou infecção por Micobactéria;
• Fenótipo clinico sugestivo de síndrome associada imunodeficiência;
• História familiar de imunodeficiência.
Então, com esta lista podemos ver que a chamada baixa imunidade não significa imunodeficiência, mas sim “adoecer mais do que o habitual”. Abaixo segue algumas observações sobre os adoecimentos do dia a dia, mas que acabam levando crianças e adultos ao Pronto Atendimento (PA):
Baixa imunidade em crianças
O grupo pediátrico, principalmente zero a três anos, comparece ao consultório pois os pais estão preocupados e cansados com a quantidade de doenças e medicamentos que a criança está tendo que lidar. Neste grupo existem crianças que vão a escolinha ao término da licença amamentação. Até este momento a criança criou anticorpos contra agentes patógenos domiciliares: irmãos, pai, mãe, possuindo assim defesas em relação a seu “ecossistema familiar”. Ao ir para a escolinha, entrará em contato com o ecossistema de outras casas, assim, ainda sem essas proteções, acaba por adoecer. Uma sequência infinita de “ites”: faringite, otite, bronquiolite são comuns. Mas, sinusite antes dos seis anos definitivamente não!
Neste momento é muito bom ter um pediatra competente, bem informado, disponível, atualizado e carinhoso com seus filhos. Você pode até duvidar, mas eles existem! Levar a criança de forma repetida ao Pronto Atendimento acaba expondo-a a outras doenças e, às vezes, a medicação em excesso. Então, lembre-se sempre que o PA é para doenças emergenciais. Sintomas simples como febre, coriza, tosse, entre outros, não são emergências.
Ao escolher a homeopatia como tratamento, percebe-se que as crianças adoecem menos e recuperam-se de forma mais rápida. Isso se deve a alguns fatores: em primeiro lugar, a consulta homeopática é mais detalhada e desta forma consegue-se nuances da doença que não se consegue em uma consulta de PA. E em segundo lugar, há um “tempo maior” para perceber que cada criança adoece de forma especial e particular, administrando-se então o medicamento similar a sua doença, proporcionando cura rápida e suave.
A epigenética, que é um ramo da medicina com trabalhos recentes, nos mostra que não basta um DNA competente, mas sim como este vai se manifestar. Fatores como ter uma alimentação correta e fazer uso do leite materno de forma exclusiva até o sexto mês, fazem com que os genes contidos neste DNA tenham uma melhor manifestação.
Então, esta pode ser a forma de ação do medicamento homeopático, alterando o modo como o DNA se manifesta. Isso explicaria por que as crianças adoecem menos e o motivo pelo qual devemos sempre, em uma consulta detalhada, tentar entender os antecedentes familiares. Isso porque os membros de uma família adoecem de forma similar, então, o uso de homeopatia ajudaria a diminuir a manifestação dessas doenças
Baixa imunidade em adultos
No grupo dos adultos o contágio tem menor importância, mas o estresse, o desgaste do dia a dia e insatisfações pessoais também fazem com que o corpo fique doente. Isso porque adoecemos primeiro a mente, para depois termos manifestações no corpo. Então, da mesma forma, eles também podem se beneficiar no tratamento com homeopatia.
Fonte: Minha Vida