Exercite seu cérebro

26 de outubro de 2015
Saúde e Bem-Estar
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De todo os planos que você provavelmente tem para as próximas semanas – terminar de assistir à terceira temporada da série Orange Is the New Black e planejar o próximo a viagem do feriado -, é quase certo que exercitar sua massa cinzenta não faz parte deles. Mas deveria. Por quê? Você pode achar cedo para começar a pensar nisso, mas perder o domínio da capacidade mental é inevitável. “O processo de evolução da doença de Alzheimer e da demência começa de duas a três décadas antes dos primeiros sintomas se manifestarem”, diz o professor Perminder Sachdev, codiretor do Centro de Envelhecimento Cerebral Saudável, da University of New South Wales, na Austrália. “Isso sugere que existe uma grande janela de tempo para atuar na prevenção e no adiamento do início da doença.”

Assim como malhar e comer bem mantém seu corpo em forma, isso faz o mesmo por sua cuca. “Estudos observaram que um modo de vida saudável – com atividade física, alimentação equilibrada, controle do stress e outros fatores de risco cardiovascular, como hipertensão e diabetes – está ligado ao risco menor de desenvolver Alzheimer”, observa o neurologista Fabio Shiba, da Fluyr Saudável Clínica de Combate à Dor, em São Paulo.

O que acontece no seu cérebro?

Seu cérebro é uma máquina maravilhosa – ou, digamos, a empresa mais bem gerenciada que existe. Dentro do prédio (seu crânio), existem diferentes departamentos encarregados de funções específicas, como emoções, fala, memória, movimentos e sistemas involuntários, como digestão e respiração. Para manter cada seção funcionando adequadamente, seu cérebro é alimentado com oxigênio e nutrientes por meio de uma rede complexa de artérias, veias e vasos. Todos os setores são mediados pelas sinapses, as conexões entre as células do cérebro (neurônios). Você tem cerca de 100 bilhões dessas belezinhas (pense em 100 bilhões de funcionários exemplares, cumprindo prazos e tendo ideias brilhantes).
Num cérebro saudável, eles se encarregam de enviar sinais e mensagens entre os departamentos dia a noite, que são guardadas por um receptor antes de serem passadas adiante. Essa prova de corrida cerebral acontece milhões de vezes por segundo e fazem com que as memórias fiquem armazenadas, os hábitos sejam aprendidos e a nossa personalidade comece a ganhar forma, com certos padrões sendo fortalecidos enquanto outros vão sendo esquecidos.
Conforme envelhecemos, nosso corpo muda tanto do lado de fora quanto por dentro, onde placas amiloides e emaranhados neurofibrilares se formam entre as células do cérebro, causados pelo acúmulo de proteína. Essas placas podem interromper a função celular, enquanto os emaranhados matam os neurônios.
Resultado? Um cérebro encolhido. As informações guardadas em cada departamento começam a desaparecer, geralmente começando pelas memórias mais recentes. À medida que a doença se espalha pelo cérebro, até a memória antiga é afetada, além de habilidades como planejamento, aprendizado e equilíbrio, o que faz com que as pessoas afetadas pela doença passem, de uma hora para a outra, a não reconhecer mais os membros da família. A boa notícia é que pesquisas recentes mostram que os hábitos de vida são essenciais para prevenir e adiar o aparecimento de doenças no cérebro. E, quanto mais jovem você começar a obedecer os mandamentos a seguir, melhor.

As sete maneiras de malhar o cérebro

1. Respire fundo

Se você é do time das nervosinhas, aprenda a reservar tempo para alguma atividade relaxante, como ouvir e cantar em voz alta as músicas preferidas e respirar calma e profundamente. O stress crônico faz seu cérebro pagar um preço alto, pois leva ao encolhimento do hipocampo (região ligada à memória verbal) e afeta o crescimento de células nervosas. Pior: o stress também prejudica seu coração. Um estudo publicado no periódico internacional Brain, Behavior and Immunity sugere que meditar (que costuma trabalhar também técnicas de respiração) não só diminui o sentimento de solidão como também preserva a integridade e as funções cerebrais.

2. Vá ao happy hour

Difícil quem saiba lidar bem com a solidão. Nosso cérebro, por exemplo, não sabe. Manter laços sociais fortalece esse órgão – e adultos que mantêm uma vida social ativa são menos propensos a desenvolver a demência. Reservar uma noite na semana para encontrar as amigas vez em quando pode ser mágico. “Manter-se em contato com outras pessoas trabalha o cérebro”, diz Maree. E nada de se sentir intimidada por entrar em assuntos polêmicos: debater ideias estimula os neurônios a formar novas ligações, que é exatamente o que você precisa. Pesquisas não apontaram se as relações via redes sociais oferecem os mesmos benefícios.

3. Durma como um anjo

Um sono bom é necessário para manter seu cérebro afiado. Pesquisadores da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, nos Estados Unidos, descobriram que dormir pouco ou mal está ligado a níveis mais altos de beta-amiloide no cérebro, uma proteína que forma placas associadas ao mal de Alzheimer. O que fazer: descanse em um quarto escuro e ventilado, desligue o celular (ou coloque no silencioso) e evite olhar para ele uma hora antes de ir para a cama.

4. Ame seu coração

“Todos os fatores de risco para as doenças cardíacas – pressão alta, diabetes, síndrome metabólica, fumo, colesterol alto, obesidade e sedentarismo – são também perigosos para a demência”, diz Sachdev. Lembra-se daquela rede complexa de vasos sanguíneos abastecendo seu cérebro com nutrientes e energia? Se o seu sistema cardiovascular estiver comprometido, essa rede também pode entrar em colapso.

5. Coma alimentos frescos

Não se sabe exatamente como a alimentação impacta a demência e o mal de Alzheimer, mas pesquisadores enxergam uma ligação. Um estudo recente publicado na revista científica Alzheimer´s & Dementia afirma que a dieta mediterrânea está associada a um risco menor de desenvolver doenças do cérebro. Encha o carrinho com folhas verdes, vegetais frescos, frutas vermelhas, peixe, aves, castanhas, azeite, grãos integrais e feijão. O que cortar da lista de compras: Margarina, carboidratos e açúcar refinados e alimentos industrializados, fontes de sódio e gorduras trans.

6. Transpirarás sempre

Precisa de mais motivação para encarar a aula de spinning? Um estudo do ano passado realizado pela University of British Columbia, no Canadá, descobriu que uma rotina regular de exercícios aeróbicos parece aumentar a área cerebral do hipocampo. Treinos de resistência, equilíbrio e tonificação muscular não mostraram os mesmos resultados.

7. Estude mais

Quanto mais você usa o cérebro, mais forte ele fica, pois os neurônios são obrigados a fazer novas conexões. Que tal escolher um curso diferente ou assistir a palestras e debates de temas que curte? A música também é ótima para turbinar a inteligência. “Tocar um instrumento e cantar ativa o funcionamento simultâneo de várias áreas cerebrais”, diz Fabio Shiba. “Além disso, é sabido que a capacidade musical em portadores de demência se mantém por muito mais tempo depois que outras habilidades foram perdidas.”
Mais: Esportes coletivos, aulas de circo e até escalada são esportes que não só exigem de você esforço físico como muito trabalho cerebral. Você irá aprender novas regras e estratégias vai acelerar o cérebro enquanto você aumenta os limites do corpo.
Fonte: MdeMulher

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