O vinho é uma das bebidas mais populares do mundo, criada ainda na Antiguidade. Por isso, compartilha com a cerveja um status quase que de alimento, indispensável para a vida humana e inserido há milênios nas manifestações e rituais sociais em todos os continentes. Hoje em dia é considerada uma bebida refinada, que pode ser harmonizada com diferentes pratos, queijos, embutidos e frutas. São quatro tipos mais conhecidos de vinho: tintos, brancos, rosé e espumantes, como o champagne. O vinho verde, uma variedade do branco de origem portuguesa, é particularmente conhecida no Brasil por conta de nossa herança cultural.
Vinho tinto: as principais uvas
O vinho tinto tem coloração avermelhada e deve ser bebido em temperatura amena, entre 12 e 18 graus. A cor vem da casca das uvas, de tonalidade escura, que se misturam ao líquido após a maceração e fermentação. As variedades de uvas mais populares para a produção de vinho são as francesas Carménère e Cabernet Sauvignon, que se adaptaram muito bem à América do Sul, com destaque para a produção da Argentina e do Chile, além das Malbec e Merlot, muito apreciada pelos vinicultores da região argentina de Mendoza. As ibéricas Tempranillo e Touriga (usada no vinho do Porto) também vêm ganhando espaço na preferência dos consumidores.
Harmonização do vinho tinto
A harmonização dos pratos com vinho tinto é relativamente simples, para quem ainda está aprendendo o básico sobre a bebida. Para não ter erro, vale observar o sabor do vinho: os mais fortes combinam melhor com alimentos gordurosos, como queijos pesados e carnes de caça. Já os mais leves funcionam melhor com pratos um pouco mais leves, como massas, carnes vermelhas como bovina ou suína, queijos de mofo azul ou branco (por exemplo, gorgonzola, roquefort, brie e camembert) e em harmonia com refeições mais encorpadas. Os vinhos mais fortes são aqueles que têm maiores concentrações de tanino, que dão o gosto pungente à bebida.
Vinho branco: as principais uvas
Entre as uvas que produzem vinho branco as principais variedades são as francesas Chardonnay, de origem na região da Borgonha e muito popular entre os produtores da bebida, e Sauvignon Blanc, que encontrou grande espaço na produção brasileira. As duas rendem vinhos mais encorpados e com sabor bem marcado de frutas. Já as de tipo Riesling, também muito usada no Brasil, tem sabor muito leve e aromático. Os vinhos brancos devem ser servidos bem frios, numa temperatura média de 10°C, em taças mais baixas e um pouco mais estreitas que os tintos.
As harmonizações com o vinho branco
O vinho branco, por ser servido bem gelado, é um favorito para os dias de verão e muito calor. Além disso, esse tipo de vinho funciona muito bem com alimentos leves e frios. Frutas e sobremesas leves podem ser harmonizadas com uma bebida mais jovem, de sabor leve e frutado. Já as sobremesas mais pesadas podem ser servidas com um branco encorpado. Saladas e peixes, além de massas com molho de manteiga ou azeite, pedem uma opção leve, que não esconda o gosto do alimento e complemente-o de uma forma saborosa. Queijos frescos de massa mole, como minas e ricota, ou maturados como brie, também podem ser servidos com uma taça de branco.
Vinho rosé: uma opção suave e quase desconhecida
Os vinhos rosés são um meio-termo entre os tintos e os brancos. Isso porque, embora sejam feitos com uvas brancas, eles recebem injeções de tanino, extraído das uvas roxas, que dão a coloração rosada à bebida já pronta. A cor pode variar de um pálido alaranjado a um rosa bastante forte. Embora não sejam muito populares no Brasil, são muito consumidos no verão em países mediterrâneos, como a Itália, França, Espanha e Portugal. A uva mais popular entre os vinicultores para a produção de vinho é a francesa Ganache. O rosé deve ser bebido em temperatura semelhante a dos brancos.
Espumantes: o mais chique dos vinhos
Os espumantes são considerados os vinhos mais requintados, por conta de sua intensa projeção ao longo da história como uma bebida refrescante, própria para a celebração. São servidos bem gelados, em taças estreitas e longas chamadas flûte. Um tipo comum de uva para espumantes, muito usada no Brasil, é a Prosecco. Trazida da Itália no século XIX, ela se popularizou com o espumante de mesmo nome. O gás acontece por conta de um processo natural de fermentação, que pode acontecer dentro da garrafa (Champenoise) ou fora dela (Charmat). O espumante é perfeito para acompanhar canapés e doces, pelo sabor adocicado. Por mais sejam bastante parecidos, somente podem ser chamados de Champagne os espumantes feitos na região francesa que possui esse nome.