Tire 10 dúvidas sobre a rinite alérgica

11 de agosto de 2016
Saúde e Bem-Estar
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Entenda os agentes desencadeantes e como evitar as crises
Caracterizada principalmente pela irritação do nariz e dos olhos, a rinite alérgica é a capacidade da pessoa de tornar-se sensível a um determinado fator ambiental, ou seja, quando o corpo da pessoa passa a identificar certos agentes como nocivos ao corpo, mesmo que algum dia eles tenham sido tolerados. “E essa característica é herdada dos pais: a chance de uma criança cujos pais são alérgicos apresentar alguma manifestação é de 50%”, afirma o otorrinolaringologista Diderot Parreira, do Hospital Santa Luzia de Brasília. Segundo dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ABAI), cerca de 10 a 25% da população sofre de rinite alérgica, que se manifesta, principalmente em épocas mais frias, com o tempo seco.
Toda rinite é alérgica?
Existem diversas formas de manifestação na doença. “A palavra rinite quer dizer apenas inflamação das narinas”, explica o alergista José Carlos Perini, vice-presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia. Segundo o especialista, as causas é que definem a rinite como alérgica – no caso, pessoas que possuem um fator desencadeante constante de uma crise possuem a rinite alérgica. “Outras formas são as rinites por infecções virais – como no resfriado e gripe -, por infecção bacteriana ou por ação de uso abusivo de medicações descongestionantes nasais.”
Quais são as principais causas da rinite alérgica?
A doença é causada por uma reação exagerada do nosso sistema imune a fatores habituais do ambiente. “Os principais causadores de alergia no Brasil são poeira doméstica, ácaros, fungos e pelos de animais”, diz o alergista José. Para ter uma rinite, basta que a pessoa apresente uma tendência genética ou familiar, oportunidade de contato com os alérgenos e que esses alérgenos sejam bons sensibilizantes.
Antialérgicos são os melhores tratamentos para rinite?
Os anti-histamínicos, popularmente chamados de antialérgicos, são os medicamentos usados para tratar os sintomas das crises de rinite, mas não são eficazes para o tratamento constante. “Porém, o tratamento obrigatoriamente envolve outros procedimentos, como medicamentos preventivos de uso local no nariz ou por via sistêmica, além de controle ambiental rigoroso para diminuir o contato com os inalantes causadores”, alerta o alergista José. Lavagem nasal, uso de umidificadores, limpeza constante das roupas de cama banho e dos tapetes e cortinas, além de boa ventilação nos ambientes são outras formas de evitar as crises de rinite.

Ela só se manifesta na infância?
Apesar de ser mais comum na infância, a rinite pode se manifestar em qualquer fase da vida. De acordo com o otorrinolaringologista Diderot Parreira, do Hospital Santa Luzia de Brasília, a capacidade do paciente se sensibilizar a determinado alérgeno (agente desencadeante das crises) existe durante toda a vida. “Tornar-se sensível é passar a ter uma resposta de defesa a substâncias que antes a pessoa tolerava”, explica o especialista. Portanto, no decorrer da vida o paciente pode manifestar sintomas alérgicos a qualquer agente, mesmo que antes ele não tenha apresentado qualquer sintoma.

O único sintoma de rinite é o nariz irritado?
Não. A rinite tem quatro sintomas básicos: nariz escorrendo, obstrução nasal, coceira no nariz e nos olhos, além de espirros. “Bastam dois desses sintomas para se ter as condições mínimas de um diagnóstico de rinite”, afirma o alergista José. Além desses sintomas, há outras complicações, como faringite, laringite, sinusite, otite, perda do olfato e paladar. “É importante lembrar que tais sintomas são desencadeados instantes após a exposição ao alérgeno”, completa o otorrinolaringologista Diderot.

Existe rinite sazonal?
Sim, ela é mais comum no hemisfério norte e tem a característica de aparecer de modo repetido em certas épocas do ano. “Ela ocorre no geral em decorrência do aumento do pólen e gramíneas na atmosfera, tendo uma baixa prevalência no Brasil, comumente na região Sul”, afirma o alergista José. O especialista explica que no restante do país o inverno é a estação que mais agrava a rinite, se expressando quase que como uma rinite sazonal. “Mas o tipo clássico da condição está mais ligado aos fatores ambientais como polinização.”

Odores fortes são causadores de rinite?
O cheiro forte em si não é um causador de rinite, mas é considerado um agente desencadeante da crise. “Uma vez em crise ou sensibilizado, o paciente reage também a fatores como poluição aérea, cheiros fortes, pós, fumaças ou perfumes”, explica o alergista José, afirmando que esses são chamados de irritantes primários.

A pessoa pode ficar sensível a outros agentes com o passar do tempo?
Os especialistas afirmam que as causas da rinite não se alteram, mas que irritantes primários podem mudar conforme os hábitos, moradia e outros aspectos da vida da pessoal. Um exemplo é uma pessoa que não convivia diretamente com produtos de limpeza e após começar a lidar com esses agentes com mais frequência manifestam uma irritação.

Mudanças bruscas na temperatura ou chuvas podem desencadear uma rinite?
Mudanças climáticas afetam muito o nariz, porque esse órgão é o nosso filtro com o ambiente, e qualquer alteração pode desencadear uma resposta da mucosa nasal, que entende aquilo como uma ameaça. “Quando o tempo muda, também se alteram as condições ambientais como umidade, presença de ácaros e choques térmicos, todas passíveis de causar uma irritação nas mucosas do nariz”, explica o otorrinolaringologista Diderot. Além disso, as pessoas tiram roupas guardadas após muito tempo para usar e passam mais tempo em ambientes fechados, fatores também conhecidos por agravar as crises de rinite.

Rinite tem cura?
Quando se trata de rinite medicamentosa e irritativa, pode-se dizer que elas têm cura: basta remover o fator que esteja causando esses tipos de rinite. “Já a rinite alérgica não tem cura, mas apresenta controle através do tratamento”, declara José Carlos. O protocolo do tratamento é baseado em quatro pontos: controle ambiental para reduzir o contato com os alérgenos, medicação profilática (corticoides, tópicos nasais e higiene nasal com soro fisiológico), medicação de crises (anti-histamínicos) e imunoterapia (vacinas). Tratam-se também as complicações como sinusites, faringites e otites. “Os recursos disponíveis hoje permitem reduzir praticamente a zero esse desconforto.” Segundo o otorrinolaringologista Diderot, a asma costuma cursar junto com a rinite, sendo necessário avaliar e tratar condições pulmonares intercorrentes, já que as vias aéreas são únicas e interligadas. “O que afeta o nariz, afeta o pulmão de uma forma ou de outra.”

Fonte: Minha Vida

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