Compare os alimentos orgânicos com os convencionais

7 de dezembro de 2015
Curiosidades
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A presença de nutrientes e os cuidados no cultivo dos orgânicos são grandes aliados da saúde .
Por algum tempo, os alimentos orgânicos ocuparam uma ou duas prateleiras do supermercado. Pouco procurados, de preço mais alto do que os similares e com opções de escolha reduzidas, acabavam tendo o consumo restrito.
O aumento na variedade de opções e as vantagens que a ausência de agrotóxicos oferece à saúde, no entanto, trouxeram o crescimento de interesse por parte dos consumidores. “Os agrotóxicos usados no cultivo dos vegetais podem levar a problemas no sistema hormonal, prejudicando a saúde como um todo”, afirma o nutrólogo Roberto Navarro, especialista do Minha Vida.
Uma análise feita pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mostra que 28% dos alimentos disponíveis no mercado apresentam limites de agrotóxicos acima do recomendado ou substâncias não aprovadas para o produto – um agrotóxico recomendado para o cultivo de pêssegos ser usado em morangos, por exemplo. Entre os alimentos campeões de agrotóxicos estão o pimentão (92% das amostras insatisfatórias), o morango (63% das amostras) e o pepino (com 57%).
Para saber se o alimento que você está comprando é orgânico, basta olhar a embalagem: “Existe um selo de qualidade garantindo que ele foi produzido de acordo com as normas estabelecidas para um orgânico”, explica Roberto Navarro.
Animais e derivados convencionais: os animais sem criação orgânica podem receber ração ou alimentos produzidos com o uso de agrotóxicos e adubos químicos, além de receberem algum tipo de hormônio para se desenvolverem mais rapidamente até a fase de abate.
Animais e derivados orgânicos: os animais e derivados ditos orgânicos são aqueles que, desde o nascimento, recebem rações livres de agrotóxicos e adubos químicos e não tomam qualquer tipo de antibióticos ou hormônios de crescimento. “Com exceção das vacinas, obrigatórias, os tratamentos veterinários dispensam ingredientes sintéticos. Só remédios fitoterápicos e homeopáticos são empregados”, explica o nutrólogo Roberto Navarro.
Nutrientes dos alimentos convencionais: como sofrem ação de radiações ionizantes (utilizadas para esterilizar, pasteurizar, desinfetar e inibir a germinação dos alimentos), eles retêm mais água, perdendo a integridade nutricional.
Nutrientes dos orgânicos: “Os orgânicos são superiores em relação aos alimentos convencionais tanto do ponto vista nutricional quanto toxicológico, já que não foram tratados com agrotóxicos sintéticos”, afirma a nutricionista Roseli Rossi, da Clínica Equilíbrio Nutricional. Existem pesquisas em andamento para avaliar se os orgânicos têm mesmo uma riqueza nutricional maior. Já foi comprovado que o cultivo especial preserva um teor maior de nitratos, vitamina C e compostos fenólicos, úteis no sistema imune do organismo.
Aparência dos alimentos convencionais: no geral, eles são maiores e mais bonitos, aparentando serem mais saborosos. “O uso de agrotóxicos protege o alimento de agressões externas, preservando melhor a cor, o brilho, a textura e o crescimento”, explica a nutricionista Roseli Rossi.
Aparência dos orgânicos: isentos da barreira dos agrotóxicos, os alimentos orgânicos tendem a ser menores, com uma aparência mais mirrada. Isso também vale para as carnes e alimentos de origem animal, já que eles também não terão os hormônios de crescimento injetados.
Tradicionais e hidropônicos: é comum pensar que os alimentos hidropônicos, por serem cultivados de forma diferente (dentro de tubos plásticos por onde a água circula continuamente, em vez da terra) também são mais naturais. Nada disso: esses vegetais recebem fertilizantes químicos para absorver os nutrientes dissolvidos na água e assim se desenvolverem. “E isso foge completamente ao conceito de cultivo orgânico”, afirma a nutricionista.
Orgânicos: são totalmente livres de agrotóxicos, antibióticos, hormônios, anabolizantes e outras práticas que podem prejudicar o sistema imunológico em longo prazo.
Preço dos alimentos convencionais: por serem produzidos em grande escala e não dispenderem de grandes cuidados para o seu cultivo, os alimentos convencionais tendem a ser mais baratos.
Preço dos orgânicos: por serem produzidos em pequena escala e por terem um custo de produção mais caro, o preço do orgânico aumenta.
Presença de agrotóxicos nos alimentos convencionais: estudos recentes desenvolvidos pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) fizeram uma lista com os alimentos que mais acumulam agrotóxicos: pimentão, uva, pepino, morango e couve estão no topo do ranking e devem ser bem higienizados antes do consumo. Inseticidas e outros agentes tóxicos causam sérios danos ao sistema endócrino, interferindo na produção, liberação, transporte e metabolismo dos hormônios. Roberto Navarro explica que a exposição a esses agentes químicos também superestimula o sistema imunológico, levando a um processo crônico de inflamação – o que pode servir de gatilho a doenças como câncer, diabetes e obesidade, além de problemas na tireoide e no aparelho reprodutivo do homem e da mulher.
Presença de agrotóxicos nos orgânicos: apesar de mais caros e com uma aparência não tão boa, os orgânicos estão livres dessas substâncias e não trarão riscos à sua saúde.
Higiene dos alimentos convencionais: não é possível descontaminar completamente um alimento que sofreu a ação de agrotóxicos. Mas, no caso das frutas, legumes e verduras, o ideal é retirar as cascas e folhas externas, contribuindo para a redução de resíduos presentes apenas na superfície.
A utilização de hipoclorito de sódio e de água sanitária (uma colher de sopa dissolvida em um litro de água é suficiente para higienizar até dez alimentos) é o melhor método de descontaminação. Roseli Rossi dá a dica: “Lave os alimentos em água corrente, higienize-o em solução de hipoclorito ou água sanitária, enxague novamente, seque o excesso de água com um pano limpo e deixe escorrer.” O ideal é consumir alimentos da época que, normalmente, recebem uma carga menor de agrotóxicos.
Higiene dos orgânicos também é necessária: “Orgânico não significa higienizado, esses alimentos devem ser higienizados assim como os convencionais”, conta Roseli. O selo orgânico garante que o alimento não recebeu agrotóxicos, mas pode ter sido borrifado com pesticidas naturais ou ter recebido insetos durante o armazenamento. Para higienizar o orgânico, basta lava-lo em água corrente.
Alimentos convencionais e a dieta: a exposição a agrotóxicos interfere na atividade de alguns neurotransmissores cerebrais. “Em decorrência disso temos distúrbios de comportamento e também resistência à perda de peso”, explica a nutricionista Roseli Rossi. Sendo assim, o consumo de agrotóxicos pode, indiretamente, dificultar a perda de peso.
Orgânicos e a dieta: a alimentação orgânica não emagrece, como algumas pessoas chegam a pensar. Mas a origem mais saudável dos alimentos contribui para que sua alimentação tenha mais qualidade e favoreça o organismo, de modo geral.
Fonte: Minha Vida

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